terça-feira, 17 de setembro de 2013

Final de semana de saudade...


Olá

No último final de semana passei os dias aqui, sozinha.
Compartilhei nas redes sociais uma mensagem ao marido e tive algumas manifestações e isso me moveu a escrever esse post.

Para quem não sabe, meu marido trabalha com esporte. É jogador de futsal profissional e por isso viaja o Japão inteiro a trabalho.

Aqui no Japão, onde moramos, minha família é ele e vice versa e isso as vezes é muito ruim.
A carência, a saudade e a solidão nesses momentos é tremenda. Mas temos que seguir, afinal, estamos aqui para melhorar nosso futuro.



Hoje eu entendo porque algumas esposas ou maridos que trabalham viajando ou quando seus companheiros viajam, sentem-se tão tristes, afinal é assim que eu também me sinto.

Depois que casei, me acostumei a espera-lo para o almoço, assistir filme, jantarmos juntos e...a dormir com ele.
Sim, porque essa é a pior hora. Dormir sozinha, não tê-lo ao meu lado é muito ruim e eu fico aqui, até 3,4 horas da manhã, esperando o cansaço máximo até que eu consiga ser vencida por ele e esquecer da falta que o marido faz.

Me mantenho firme, afinal sei que o sacrifício esta sendo nosso, meu e dele. Independente da profissão que um companheiro tenha, acho que faz parte de um relacionamento ambos se apoiarem, e nesse momento eu o apoio e pretendo continuar assim até quando agüentar.

Estamos longe por melhores opções de trabalho, de vida e por isso pagamos um preço.
Hoje em dia, várias profissões exigem rotinas e locais de trabalho diferentes, e por isso ninguém tem o direito de julgar as escolhas alheias. 
Fico pensando maridos que partem em missão ou aqueles(as) que trabalham com projetos em países distantes por 1,2,3 até 1 ano, como sofrem!!!
Eu passei um ano por isso, e espero nunca mais passar. Lembrando com os olhos cheios de lágrimas. 

Sinceramente, se não for pra ajudar, não atrapalhe. Nao julguem,não desanimem quem enfrenta essa situação.
Também acho bastante inconveniente, comentários do tipo " Ah... Cuidado, ele(a) sozinho(a), tão longe. Sabe o que a carência faz, né? "
Essa para mim é a pior da série de manifestações inadmissíveis.
Cada pessoa sabe o motivo de suas escolhas e o porque de cada decisão.

Ficamos aqui aguardando ansiosamente pelo dia de retornar ao nosso País, de matar as saudades dos amigos e familiares, mas principalmente de ter com quem contar nos dias de ausência, tornando nossa saudade mais amena.

Beijos a todos e uma ótima semana!!!

2 comentários:

  1. Oi Lê! Bem legal o seu blog, adorei!
    Eu também sou esposa full time e meu marido vive viajando... Não é fácil, né? Mas é como você disse: a gente tem que apoiar!
    Um beijão

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  2. Oi Lu!
    Obrigada pelo elogio.
    Essa vida de maridos viajantes é bastante complicada né? Vivemos uma montanha russa de emoções...rs
    A gente apoia, eu mesma não sei quanto tempo ele seguirá nessa profissão então apoiarei até a hora que der. Quando ele parar, eu retomo a minha.
    De onde vc é?
    Beijos

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