quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Seletividade Alimentar Infantil: quando e porque ocorre?

Olá mamães...

Apesar do blog ser direcionado as mulheres, as quartas-feiras, abro uma excessão para falar da Nutrição dos pequenos e das mamães. 

No post de hoje vamos conversar sobre a escolha alimentar dos pequenos na hora das refeições?
Muitas mamães costumam queixar-se da alimentação dos filhos por volta dos 2-3 anos da criança, mas o que acontece com os pequenos na hora da alimentação.  



As reclamações vão desde a quantidade que eles comem, local que querem comer, com quem querem comer e principalmente o que querem comer!
Conforme já conversamos em outras ocasiões, os pais devem sempre estimular hábitos alimentares saudáveis, porém a quantidade a ser ingerida, cabe aos pequenos decidirem.
A seletividade alimentar é um processo que a maioria das crianças reproduz e coincide com o amadurecimento das crianças, maior exposição ao convívio social e suas modificações, e algumas vezes, como resposta a um provável desconforto que determinado alimento pode causar no organismo.
Para entender melhor essa questão,  e as variáveis que englobam a seletividade alimentar/ recusa alimentar  e as formas como podem se manifestar nos pequenos, ajudando a entender quando é hora de realmente se preocupar.
  • Seletividade Verdadeira ou Anorexia Verdadeira
As crianças desse grupo costumam apresentar dificuldade em se alimentar de maneira espontânea. É a criança que efetivamente, come pouco.
Crianças desse grupo também tendem a somatizar agentes externos(discussões familiares, mudança de rotina, nascimentos e perdas familiares) a fatores orgânicos/patológicos como infeções respiratórias, doenças do sistema nervoso central e desarranjos intestinais (diarréia, vômitos, refluxo, obstipação intestinal, intolerância e alergia alimentar).
É válido lembrar que algumas crianças amamentadas ao seio materno, quando desmamadas de maneira abrupta podem apresentar esse comportamento, como forma de demonstrar sua insegurança, descontentamento e tristeza, frente a perda sofrida.
A última série de características das crianças desse grupo, está relacionada a alimentação de rotina. Essas crianças podem se recusar a comer, quando observam o mesmo cardápio todos os dias, mesmos sabores e a consistência predominante das refeições (carne cozida, legumes cozido, frango cozido, peixe ao molho...etc).
Afinal, o mesmo alimento, mesmo tempero e mesma consistência repetidamente, nos enjoam, porque com os pequenos seria diferente não é mesmo???
  • Anorexia fisiológica
É evidenciada por volta dos 6-12 meses, podendo durar até o 5 ano de vida. As crianças de maneira geral, tem uma desaceleração no crescimento ao final do primeiro ano de vida e por isso, uma diminuição NORMAL de apetite é esperada. Falamos sobre o pico de crescimento após o primeiro ano de vida aqui
Porém, papai e mamãe, preocupados, não entendem essas alterações e queixam-se com freqüência da quantidade de comida ingerida.
Um grande diferencial e característica positiva desse grupo, está relacionado a boa saúde dos pequenos que não tem nenhum problema relacionado a crescimento, e desenvolvimento de maneira global.
Pelo contrário, apresentam saúde e disposição nota 10!
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  • Seletividade Alimentar ou Anorexia seletiva
Caracteriza a criança que recusa parcial ou totalmente determinado tipo de alimento. As crianças desse grupo são saudáveis, tornando o diagnóstico um pouco impreciso e difícil, visto que quem refere a alimentação insuficiente dos pequenos, é na maioria das vezes as mães.
Normalmente as crianças desse grupo,  repelem alimentos como frutas, verduras e legumes.  Algumas ainda, podem ter aversão a determinada cor e repelem a todo custo, por exemplo, alimentos verde. Ou seja...hortaliça nenhuma, entra no prato!
E aí mamães....paciencia!!!
  • Pseudo- anorexia
É uma queixa comum nos consultórios pediátricos, mas não deve ser relacionada a grandes problemas.
As crianças desse grupo normalmente recusam determinado alimento, estando a negativa de se alimentar diretamente relacionado a desconfortos que determinado alimento causa frente a uma dor de dente, presença de aftas, dificuldade de deglutição ou outras condições que possam provocar dor e ou dificuldade de deglutir.
Após conhecermos os diferentes tipos de "seletivos" que temos em casa, fica mais fácil manter a calma quando alguma recusa alimentar se manifesta.

Em todo caso, um acompanhamento de rotina, um profissional qualificado e interessado no bem estar da criança e não apenas no peso, serão a chave de um diagnóstico certeiro e um tratamento adequado.

Seja ele, das mamães aflitas ou dos pequenos que fazem greve de fome, com ou sem motivos!

Gostaram???

Por hoje é isso....

Esse e outros textos que escrevo sobre Nutrição dos pequenos, vocês podem encontrar no site: www.lookbebe.com.br 

Beijos

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